Sinopse: Nesta trama, passaram-se apenas quarenta anos da grande guerra que acabou com o reinado de Aster, o Tirano, mas a região continua em busca de paz. Dohor, o Cavaleiro de Dragão que se tornou o rei da Terra do Sol, cada vez mais estende a sua influência às Terras Emersas, mas ele não é o único a tramar em busca do poder. Composta por homicidas, a misteriosa Guilda dos Assassinos ressuscitou o culto sanguinário de Aster. Dona do obscuro dom de matar, Dubhe, de 17 anos, é uma das recrutadas pela seita para levar a cabo seus planos, embora a jovem tenha jurado nunca mais tirar a vida de alguém. Magia, mistério e heroísmo estão de volta em mais uma aventura épica.
Pra quem ainda não conhece, a italiana Licia Troisi estreou suas histórias no mundo fantástico com a trilogia Crônicas do Mundo Emerso (todos resenhados aqui), com um antagonista conquistador de terras e destruidor de almas, uma jovens guerreira e um jovem mago que vivem seus dilemas enquanto passam por uma jornada de aventuras e perigos, numa linguagem sensível que une a ação e os conflitos interior de seus dois protagonistas.
Agora vamos embarcar em uma nova trilogia de Troisi, As Guerras do Mundo Emerso,que traz uma nova abordagem, ela utiliza uma anti-heroína em seu personagem principal, uma jovem ladra de uma Guilda que apoiou o Tirano em suas conquistas. A aventura ganha mais ação e muito mistério e mostra porque a italiana se tornou uma popular escritora de fantasia.
Em A Seita dos Assassinos, se passaram quarenta anos da batalha em que Nihal e Senar derrotaram o Tirano, o Mundo Emerso está se recuperando, e muitos já não lembram dos dias ruins, mas algo sutil está no ar, Dohor, um dos Cavaleiros de Dragão que lutou nesse conflito, agora governa a Terra do Sol, e lentamente está expandindo sua influencia para as demais terras e subjugando-as.
Na Selva vive Dubhe uma criança simples e feliz com seus amigos, mas que acaba cometendo um crime horrível contra um de seus amigos e é expulsa de Selva para longe de seus pais, da sua segurança e de seu conforto. Ela tem que viver por si mesma e experimentar os horrores da fome, da guerra e do medo, até que é salva por um ex-membro do famigerado culto A Guilda, dedicado ao Tirano-deus Áster, e que fará dela uma perfeita assassina, porém ele faz Dubhe reforçar um juramento que fez, jamais tirará a vida de um ser humano.
Agora com 17 anos Dubhe mora em Makrat, e para sobreviver, ela é uma ladra, e uma das melhores, e foge da Guilda a muito tempo, pois eles tem um interesse especial nela, pois acreditam que ela é uma criança da morte. Mas de um momento para outro, ela passa a ser o centro das atenções na Guilda, mas se nega a aceitá-los, porém em uma de seus trabalhos como ladra Dubhe acaba recebendo um selo de magia negra em sua pele, uma terrível maldição, que a deixa transtornada, assim ela vai a procura de Yeshol o sacerdote supremo da Guilda e o braço direito do Tirano, antes dele sucumbir.
Mas a cura de Dubhe só acontecerá se ela se sujeitar a guilda, ela terá que adorar Thenaar, o deus da morte e da escuridão, que exige constantemente o derramamento de sangue, mas para se salvar e evitar que inocentes morram, ela aceita essa condição, mesmo odiando a si mesma por sua fraqueza, mas em seu coração nunca deixará de lutar, pois de um jeito ou de outro, ela encontrará uma forma de se libertar.
A autora segue contando suas histórias inacreditáveis no Mundo Emerso, só que de um angulo diferente, de uma forma mais sombria, ela começa a narrar pelo lado do mal, o mal tomando forma, o mal ressurgindo, subjugando, aparecendo de uma forma sutil até sufocar...
Para quem estava acostumado com Nihal e Senar é difícil se render as primeiras paginas que começam a contar as aventuras de Dubhe, já que o enredo se passa quarenta anos depois e Senar e Nihal se mudaram do Mundo Emerso. Mas quando se estabiliza e se vê que ainda é a história do Mundo Emerso, só que com outro personagem, Dubhe começa a conquistar, com seus conflitos, suas fugas, sua maldição, seu destino incerto, que oscila entre o bem e o mal....
Mas o que prende são mesmo os mistérios, eles vão sendo revelados muito, muito lentamente, tão lentamente que se tornam tensos, até mesmo frustrantes, e quando algo significativo acontece é muito interessante, principalmente quando novos personagens entram na história, nesse momento você não vai querer lagar o livro de jeito nenhum.
O único detalhe que pode deixar o leitor indeciso entre gostar ou não gostar da obra, é o fato de que Licia embarca verdadeiramente no mundo da Guilda e mostra as atrocidades e o fanatismo dos membros da seita, e isso é bem diferente pra quem sempre está acostumado a ler o lado do bem em mais evidencia do que o lado do mal, quando lemos uma batalha sempre imaginamos o que o mal pode fazer, mas nunca é retratado de forma direta e palpável como em A Seita dos Assassinos, mas é isso também que faz a obra ter uma certa originalidade, que pouco se vê hoje em dia.
Em A Seita dos Assassinos, Licia continua com sua narrativa sensível, introspectiva e psicológica de cada personagem, e nos coloca em um Mundo Emerso que jamais passaria por nossas cabeças, em tramas mais do que malignas, e colocando mistérios atrás de mistérios sendo enrolados e desenrolados como um teia, que vai sendo tecida, muito, mais muito lentamente.
Ei, Kezia.
ResponderExcluirFaz tempo que nào visito seu blog. rsrs Ando tão sem tempo.
Confesso que li somente parte da sua resenha, pois ainda não li os livros. Tenho a série completa, mas falta tempo. rsrs
Bjs