Sinopse: Rumi Vasi é uma garota-prodígio, com habilidades muito especiais em matemática, desde o jardim de infância. Nascidos na Índia, mas vivendo no País de Gales, os pais de Rumi impõem à filha um isolamento total do mundo de que tanto desconfiam. Fazem com que ela fique sob uma rotina rigorosa de estudos até entrar na Universidade de Oxford com apenas 14 anos. Impedida desde criança de ter uma vida normal, a menina solitária, sempre obcecada pelos números, vai descobrir que vida não é uma ciência exata.
O que é interessante pra um leitor, é quando ele pega um livro sem saber o que esperar, principalmente quando você olha para o livro e simplesmente não sente nenhuma vontade de lê-lo porque acha que o livro vai ser ruim, ou sem graça... e foi assim que aconteceu comigo quando peguei o Dom para ler, e para a minha adorável surpresa, a narrativa simples e bela de Nikita me conquistou, e me permitiu terminar essa singela história com uma ávida vontade de não tirar os olhos de cada página até chegar ao desfecho final.
Somos apresentados a Rumika Vasi, quando pequena seu pai Mahesh descobre que ela tem um dom especial para matemática, mas a matemática se torna crucial na vida de Rumi, quando sua professora avisa seus pais que Rumi é uma garota superdotada, a partir daí Mahesh, coloca sua filha em um rígido programa para estudar e estudar horas intermináveis para que consiga entrar na faculdade muito antes do esperado para alunos normais. Assim aos quatorze anos Rumi consegue o tão esperado desejo de sua família, e acredita ser o desejo dela também, assim ela se torna uma das mais novas garotas prodígios a entrar em Oxford, mas tudo isso irá culminar em uma revolta que a vem corroendo há anos.
O Dom, é a história de uma família que tenta se manter fiel aos seu costumes indianos e ao mesmo tempo tentam se adaptar aos hábitos ocidentais.
O livro mostra claramente como é o sentimento de uma pessoa que é criada em uma cultura familiar tradicional (Índia), mas tem uma dificuldade gritante de se encaixar em um mundo onde essas tradições não fazem sentindo.
Rumi vive uma vida de pressão, alem de ser considerada uma garota super dotada e fazer o possível para agradar os pais da melhor forma que consegue, ela se sente deslocada tanto em seu ambiente familiar tanto quanto em seu ambiente social e escolar. E não compreende porque seu mundo tem que ser assim.
Ela segue as regras do pai, mais ao mesmo tempo começa descobrir um mundo só dela, suas restrições não a impedem de sonhar com um príncipe encantado, e que possa tirá-la de seu mundo sem graça e arrebatá-la com um beijo, e mesmo que goste de matemática, ela foge para os livros de ficção e vivencia um mundo onde gostaria de viver, desejando ter a mesma coragem de tomar as rédias da sua vida assim como nos livros que lê e nos filmes que assiste.
O inicio do enredo pode ser um pouco lento, mas a medida em que se viram as páginas a história vai ficando cada vez mais interessante, Nikita utiliza-se desse drama quase psicológico, narrando tanto os pensamentos e sentimentos de Rumi, quanto o de seus pais, mostrando o ponto de vista de cada um, e como eles tem um plano definido para filha sem nunca levar em consideração os sentimentos dela. Nikita escreve uma narrativa refinada e ao mesmo tempo simples e tocante, colocando os momentos tensos e intensos de uma maneira que o leitor possa se sentir como a própria personagem, e viver cada sentimento que a protagonista transmite, tanto suas alegrias e suas tristezas.
Com certeza O Dom é um livro bem escrito, que conta uma história que pode parecer clichê e até mesmo passar batido, mas sua autora faz com que seja original, recomendadíssimo, vale a pena ler!
Parece interessante. Não sei se vou ter como ler, mas vou colocar na lista.
ResponderExcluirBeijos,
Carissa
Arte Around the World
Oi flor,
ResponderExcluirSabe que nunca li um livro oriental...rsrs...pois...achei esse interessante por causa dessa troca de cultura que tu comentou mas não sei ainda se me chama tanta atenção assim a ponto de querer comprar para ler...
Bjks
Raquel Machado
Leitura Kriativa
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