Curtindo o Curta: Paperman de John Kahrs

Curtas são difíceis de conquistar, precisa ter um enredo interessante em apenas alguns minutos sem deixar falhas, ter um ótimo visual e todo um conjunto que cative.

Paperman (no Brasil traduzido para O Avião de Papel) é um desses curtas mais do que interessantes, fofos, com uma linda história, um belo visual e uma obra-prima. Paperman pode ser definido em uma única palavra Encantador. É isso mesmo, Paperman é encantador.

O enredo começa em meados do século XX, na cidade de Nova York, um jovem está esperando o trem para ir trabalhar, quando de repente surge uma bonita mulher ao seu lado, apressada ela acaba deixando uma marca de batom numa das suas folhas que o vento acabou levando a seu rosto. O encontro dos dois dura poucos segundos, mas o rapaz fica encantado pela moça e acredita que ela seja a mulher da sua vida.

Ao voltar para o seu triste e monótono trabalho ele acaba vendo a moça do outro lado da rua entrando no prédio vizinho ao qual trabalha. Ela está inalcançável.  Mas ele tem uma ideia brilhante, e tenta chegar até ela pelos seus aviões de papel para fazê-la o notar.

O curta do diretor John Kahrs estreou nos cinemas junto com a animação "Detona Ralph" e venceu o  Oscar 2013, traz um estilo preto-e-branco minimalista, um belo visual produzido através de uma técnica inovadora que mistura a animação gerada por computador e animação criada no papel.

Toda as ações se passa acompanhada por uma única música, a história de um jovem frustrado salvo por uma amor à primeira vista traz momentos clichês, mas que são colocados em segundo plano quando se começa a torcer para que o que ele mais deseje aconteça.

Os personagens são carismáticos e o curta ainda deixa espaço para momentos engraçados, e até mesmo algumas reflexões, Paperman não é apenas um curta encantador, é inovador, original e com um final emocionante que nos dá a sensação de que deveria durar um pouco mais.