domingo, 3 de outubro de 2010

Sobreviventes: Histórias de Violência, Superação e Esperança.

Autores: Miguel Ángel Núnez , Mery Thomann , Cristina Ángel Núnez
Editora: Oxigênio Books
Sinopse: A violência que se esconde é mais dramática que a que se faz publica.
Talvez por que a maioria das pessoas não entende que a dor contida, sem auxilio e sem ajuda de outros se torna mais opressiva e com o tempo termina por aniquilar física e emocionalmente.
As feridas que não sangram são dramaticamente mais dolorosas. Não se vende em farmácias remédios para um coração ferido.
Não se coloca antiinflamatório sobre uma ulcera emocional. Diante da violência, seja do tipo que for, todos nós temos alguma responsabilidade.
A violência não é só questão governamental, é algo que compete a todos, porque, de um modo ou de outro, somos afetados.
É preciso expulsar a cultura de violência. Certa vez, Martin Luther King (1929 – 1968) escreveu: “Há milhões de pessoas com boa vontade cujas vozes não são ouvidas, cujo rumo ainda é incerto, cuja valentia é desconhecida.
Estes milhões estão chamados a juntar coragem para falar e oferecer a liderança necessária.
A história registrará que a maior tragédia deste período de transação não foram as palavras cáusticas e as ações violentas dos maus, mas o silêncio e a indiferença dos bons.
Nossa geração deverá arrepender-se não somente pelas ações dos filhos das trevas, mas também pelos temores e apatias dos filhos da luz”. Este livro é um apoio para não ficarmos calados. Uma forma de dar voz aos que tem perdido a força de golpes ou insultos.
Diante do flagelo de violência pode se optar por calar ou por atuar. Em ambos os casos se geram uma grande diferença para quem padece desta brecha social. Quem escolhe o silencio se torna cúmplice dos que maltratam, insultam, batem, violentam ou abusam.
O silencio só ajuda os que são violentos. Falar e intervir não é fácil, mas é a resposta para quem entende com clareza o dano provocado pelo que padece deste flagelo. Ao menos quem decide romper o silencio pode ter a consciência em paz por ter feito algo para impedir o sofrimento de outros.
Nós que escrevemos esse livro, acreditamos que possa servir para despertar nossas consciências e nos colocar ao lado das vitimas e não fazer parte da maioria silenciosa que só ajuda aos vitimizadores.

"A cada dia que ligamos a tv na hora das notícias, lemos um jornal ou acessamos páginas de informações na internet, lemos relatos e mais relatos de quanto a violência tem crescido a cada dia, a cada hora e minuto.
Muitas pessoas vivem com medo de saírem de suas próprias casas, pensando que serão assaltados, sequestrados e até mesmo mortos. Violência de todas as formas, por todos os lados, sem ter ninguém para que possa controlar tudo e todos.
Mas existe aquela violência camuflada, sutil e velada onde não aparece nos jornais, onde muitas pessoas desconhecem, e muitos desconfiam, mas fecham os olhos para eles. Violências que destroem vidas, mentes e pessoas. Que cultiva mágoas, dor e sofrimento nos corações.

Violência intrafamiliar, violência doméstica, abuso familiar, famílias disfuncionais, abuso de poder, pequenas violências, violência emocional, maltrato paterno, violência infantil, abuso psicológico, estupro, violência, Síndrome de Estocolmo, choque pós traumático, trauma domestico, famílias problemáticas, agressão no trabalho, agressão escolar, Mobbing tendencioso, intimidação, assedio sexual, exclusão social, abuso, controle psicológico... (fragmento)

Esses são alguns dos temas em que o livro Sobreviventes trata. Descreve vários relatos de pessoas que passaram por esses tipos de violência, aquela em que ninguém fala, e que traz traumas para as vidas de muitas pessoas, acarretando em vários problemas no futuro, onde dificilmente podem ser superados. Mas nesses relatos as testemunhas não olharam para seus traumas, procuraram ajuda e seguiram em frente e conseguiram cicatrizar a dor e a ferida dessas violências nos seus corações e nas suas vida, provas de superação, fé e coragem.
A narrativa às vezes é feita em terceira pessoas, outras em primeira, e até escrita em forma de um poema canção, é uma boa leitura, salvo alguns erros de digitação.
Sobreviventes tenta passar ao leitor que se ele passou alguma vez por esse tipo de violência ele pode se libertar com a ajuda do amor, de Deus, das pessoas boas e tratamentos com psicólogos. E que quem nunca sofreu esse tipo de violência, se conhece alguém que sofre, ele pode ser uma das pessoas a dar fim a estes atos desumanos, cultivados de milênios a milênios."

5 comentários :

  1. Ei Kézia,

    Que interessante este livro, não conhecia. A capa diz muita coisa e apesar de forte e dramático eu fiquei com muita vontade de ler.

    beijo

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  2. NÃO CONHECIA ESSA LIVRO.
    VIOLÊNCIA É SEMPRE UM TEMA BEM FORTE. INFELIZMENTE A VIOLÊNCIA ESTÁ A CADA DIA MAIS PRESENTE EM NOSSAS VIDA.
    ESPERO AINDA LER ESSE LIVRO E GOSTAR BASTANTE. =)

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  3. Conta histórias reais de pessoas que venceram o abuso sexual , a violência doméstica , a depressão e outros males . Fala sobre o poder da fé , do amor e da amizade como força necessária para vencer esse tipo de dor .

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  4. Ah, da primeira vez que vi esse livro, no site da editora, já fiquei com vontade de ler. Parece ser muito bom e sua resenha só aumentou a minha vontade :-)

    Beijos

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