quarta-feira, 13 de julho de 2016

Despedida


Na noite o me canto triste, 
onde alguém ri!
Essa alma aqui existe,
E a cada momento se recorda de ti!

Olha, ouve os meu gemidos,
e nas noites os meu ais.
Entre muitas almas perdidas,
que você não irá ouvir jamais.

Fico admirando a lua,
Contemplando a vagar,
Com a alma totalmente nua,
Procurando esse amor enterrar!

E quando estou doente?
Vejo-te e tudo começa a florir.
Então percebo amargamente,
que para mim jamais irá sorrir.

Vivo nessa infinita jornada,
Num imenso jardim,
na fantasia das fadas
e presa ao arlequim.

Me aproximei devagarinho
Logo, desesperada comecei a correr
Desprezastes meu amor e carinho,
Não aguentei e desejei morrer!

Sim! A cova era estreita
E você ali, olhando pra mim, parecia ilusão
Você a minha direita,
A contemplar-me no caixão!

 Kézia Lôbo
 

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