
As histórias de vampiros são fascinantes, isso não se pode negar, desde a febre Crepúsculo eles se tornaram muito populares e entraram no gosto dos leitores, e tem se mantido bem desde então no mercado editorial. Mas não são todos os livros que agradam, e O Legado da Caça-Vampiro está entre eles, segundo algumas resenhas que acompanhei, o livro é um sucesso, mas infelizmente não me conquistou, o enredo é muito bom, mas não consegui me apaixonar pelo livro, fiquei com a sensação de que ficou faltando algo a mais.
Aos vinte anos de idade, Vitória Gardella descobre que tem uma missão na vida, manter o legado de sua família e a aceitar a sua missão sagrada de limpar o mundo das tenebrosas criaturas de Lilith, a Escura. Vitória precisa ser uma caçadora de vampiros. Após aceitar seu cargo de venadora (termo usado para "caçador de vampiro"), Vitória deve seguir as orientações de sua tia-avó Eustácia - considerada excêntrica pela sociedade - e se juntar ao também venador Maximiliano Pesaro - que não morre de amores por Vitória - para destruir uma lendária relíquia e acabar com as terríveis criaturas reunidas sob o comando da filha de Judas, a perversa Lilith.
Jovem e bela, e com uma mãe casadoira, que não vê a hora da filha "agarrar" o partido mais cobiçado da sociedade londrina, Vitória tenta aliar sua responsabilidade como venadora com seus deveres de uma moça preparada para frequentar a sociedade do século XIX. Para tentar manter o equilíbrio entre as sua vida de bailes, flertes, valsas e saraus, e o seu treinamento de venadorra, ela se veste de homem em seus intervalos da vida social e sai durante a noite para investigar, caçar e executar vampiros.
Em um de seus frequentes bailes ela acaba conhecendo Filipe, o marquês de Rockley, um rapaz que por coincidência a conhecera quando era uma adolescente, mas ela não recordava, porém o rapaz nunca a esqueceu, e com sua beleza, seus belos modos e educação, conquistam aos poucos a bela moça, e Vitória se vê muito apaixonada pelo rapaz.
Como Vitória irá conciliar a sua vida de caçadora e a vida de uma dama da sociedade? Será que ela terá coragem de contar toda a verdade sobre os seus segredos a Filipe?
No universo criado pela autora Colleen Gleason, ela introduz uma mitologia curiosa e interessante, principalmente no que se refere aos venadores (caçadores de vampiros), eles precisam usar um vis bulla, um tipo de piercing que confere poderers e proteção aos venadores.
O enredo também explica que o primeiro vampiro do mundo foi Judas Iscariotes, que após trair Jesus Cristo por 30 moedas de prata, não aceitou o perdão divino e cometeu suicídio. Como consequência, Satanás enviou sua alma para perambular pela terra como um morto-vivo que precisa se alimentar de sangue para sobreviver.
Os vampiros criados pela autora se aproximam bastante da versão clássica do mito original: eles não podem sair ao sol, só entram em residências após serem convidados, não suportam crucifixos e tampouco a prata (que é o metal que desgraçou Judas). Ela também insere outros elementos que nos deixam de certa forma curiosos para saber sua origem.
O enredo em si é muito envolvente, muita luta, ação, perigo, romace, brigas, sedução, é uma mistura frenética de tudo. Mas o que torna o leitor interessado são seus personagens. o venador italiano Maximiliano é um dos melhores personagens, forte e bem trabalhado, todas as vezes que aparece no livro rouba as cenas como protagonista. Seu desdém para a vida dupla que Vitória leva é intrigante, o que faz o leitor especular muitas coisas, isso cria uma tensa rivalidade entre os dois.
Por outro lado temos um personagem deveras misterioso, que sabe de tudo a respeito de todos, o atrevido e sedutpr Sebastian Vioget, dono da taverna Cálice de Prata - lá, humanos e vampiros dividem o mesmo espaço e compartilham informações valiosas - e que tem um interesse suspeito por Vitória, nunca mostra se a quer por ser uma venadora ou por ser uma bela mulher. Nem um pouco confiável, ele mantém seus interesses ocultos e até o fim do livro não se pode perceber se ele é um dos moços ou um dos vilões.
A personagem Vitória é interessante, uma mistura de garota moderna com uma garota histórica criada com os costumes da época, a revolta, a rebeldia, a vontadade de correr atrás do que quer, mas também o desejo de cuidar do que é seu, frequentar a sociedade, flertar, sorrir e se apaixonar se encontram e se desencontram em vários momento, essas nuances de personalidade a tornam uma personagem diferente, nem sempre ela é perfeita, pois algumas de suas ações são irritantes, mas da forma como é colocado nota-se que a inocência tangível nela que a faz ser assim.
O enredo é muito bom, está tudo ali, as ações, a dramaticidade, os perigos super envolventes, a sedução, o mistério, o romance, porém o romance não me conquistou, pareceu meio forçado e não foi muito bem trabalhado. Enfim tenho certeza de que a maioria dos leitores que ainda não tiveram a oportuidade de ler vão se apaixonar, mas infelizmente não me conquistou. Mas me deixou curiosa para saber o que vai acontecer no segundo livro, ainda não desisti de Vitória e sua vida conturbada!
Olá! Achei bem interessante porém eu não leria. Estou cansado de livros de vampiros e não gosto de livros que se passam em épocas antigas, então prefiro manter distância.
ResponderExcluirAndré Luiz
Viajando Nos Livros
Oi flor,
ResponderExcluirConsegui um tempo para visitar os amigos, já estava sentindo falta disso. Sabe que até fiquei interessada por esse livro, ele parece misturar um pouco de tudo. Uma pena ele não ter alcançado todas suas expectativas. Achei curioso o fato do Judas Iscariote. Se der vou ler com certeza.
Beijos
Raquel Machado
Leitura Kriativa
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